Proposta apresentada em coletiva visa dobrar assistência aos pacientes
DIEGO DOS
REIS
A situação atual do hospital de Piraju pautou uma coletiva de imprensa ocorrida na tarde de ontem, 12. A unidade enfrenta um momento delicado por conta do grande número de pacientes infectados pelo novo coronavírus.
FOTO: Diego dos Reis/EP |
A coletiva contou com a presença do diretor-presidente da Sociedade de Beneficência, Bruno Bragança, do diretor clínico do hospital, Reinaldo Barcala, e do diretor do Departamento Municipal de Saúde, Sergio da Fonte Sanches.
De acordo Bragança, das 2.500 internações registradas ao longo do ano passado, 100 envolveram pacientes com sintomas da Covid-19. De janeiro desse ano até hoje, 41 internações relacionadas à pandemia já foram realizadas no hospital de Piraju. Esse número está diluído em 450 internações contabilizadas até o momento.
Ainda no período de janeiro até hoje, o atendimento voltado à pandemia gerou uma despesa superior a R$ 32 mil aos caixas do hospital. Além disso, os gastos com oxigênio, que em 2020 foram de R$ 115 mil, já somam R$ 41 mil apenas nessas primeiras semanas de 2021.
Outro ponto que preocupa a direção do hospital é a manutenção da
equipe médica que hoje cuida de pacientes da ala-Covid-19 e, ao mesmo tempo, a
crescente necessidade de ampliar o número de profissionais para dar conta da
demanda já existente.
Segundo Barcala, a questão do material humano esbarra no perfil dos profissionais para lidar com a pandemia. “Não é fácil encontrar nem profissional médico nem profissional de enfermagem com competência e capacidade para atuar nesse tipo de patologia. Boa parte dos pacientes não é tão grave, mas quando eles complicam rapidamente ficam muitos graves.”
Na coletiva, a direção da Sociedade de Beneficência apresentou um plano para dobrar a capacidade de atendimento do hospital, que hoje dispõe de apenas 11 leitos de isolamento para Covid. Os custos da proposta estão sendo alinhados entre a parte administrativa do hospital e o Departamento Municipal de Saúde.
As despesas também serão apresentadas às prefeituras de Sarutaiá e Tejupá, que possuem convênio com o pronto-socorro.
“Não vamos medir esforços forma possível para que todos sejam atendidos da melhor forma possível, seja feito o esforço necessário que ocorra, seja na parte financeira, que agora está chegando o momento do Poder Público fazer a parceria ainda mais forte conosco. Os recursos que vieram exclusivamente para a Covid estão praticamente esgotados”, diz Bragança.
Ainda na coletiva, o diretor de Saúde informou que a prefeitura suspendeu a licitação de uma central de UTI e de um aparelho de tomografia para priorizar a imunização dos moradores de Piraju. Juntos, os objetos foram orçados em quase R$ 1,7 milhão. “A primeira coisa hoje pra nós hoje na defesa do Covid é a vacina. Eu não consigo achar para comprar. O país não está conseguindo comprar uma quantidade suficiente para redistribuir pra população. O que nós fizemos? Reserva-se. Se houver um consórcio... Tudo pode acontecer”, explica.
De acordo com Barcala, além da vacina, outras ações preventivas são fundamentais nesse momento, como a adoção de hábitos de higiene pessoal, uso de máscara, distanciamento social e, se necessário, lockdown, ou seja, fechamento total do município.
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