sexta-feira, 9 de março de 2012

Polícias ambiental e militar definem operação para coibir a prática da pesca predatória no município

O trabalho, previsto para se estender até o final do ano, deve contar com ações camufladas

08/03/2012 – 23h00

INVESTIGAÇÃO - Segundo Henrique (foto), policiais
à paisana atuarão nos pontos mais frequentados
por pescadores
Em novembro do ano passado, a polícia ambiental flagrou três pescadores no município de Piraju atuando de forma ilegal. Além de estarem pescando no período de piracema, eles foram vistos utilizando apetrechos proibidos, como tarrafas.

A prisão só teve êxito porque um minucioso e paciente trabalho de investigação foi realizado pelos policiais, que se valeram, durante uma semana, de ações camufladas e de recursos de filmagem para legitimar a prisão, evitando assim qualquer objeção por parte dos acusados. Nesse caso, as leis foram exemplarmente aplicadas. Uma pessoa foi presa por porte de entorpecente e as outras duas foram multadas em mais de R$ 20 mil.

De acordo com Gustavo Henrique do Nascimento, tenente da polícia ambiental, ações como essa tendem a continuar. Ele se reuniu na última quarta-feira, 7, com o capitão Silvio Amaral Soares, responsável pela 2ª Companhia do 53º Batalhão da Polícia Militar, e Waldemar de Oliveira, que na oportunidade estava representando o Poder Público. No encontro, eles definiram a melhor estratégia para minar a pesca predatória no Rio Paranapanema. A operação começará na próxima semana.

Em entrevista à rádio Eduvale FM, Henrique disse que o trabalho deve continuar primando pelo elemento surpresa. “Desde as últimas operações que nós realizamos aqui na região, nós temos policiais que estão trabalhando à paisana, com filmagem, foto, como se fossem pescadores para poder identificar os pontos críticos”, revela.

O policial espera que a população faça sua parte. “Informações levam a polícia aos locais certos e nos horários certos, ou seja, é muito mais fácil coibir o crime dessa forma.” As denúncias podem ser feitas através do telefone 190, número da polícia militar. Vale dizer que o sigilo é absoluto.

Confira a entrevista.



EM PARALELO

Na foto, Almeida, Henrique (ambos da polícia ambiental),
capitão Amaral e Waldemar de Oliveira
As operações da polícia militar focadas, em especial, no combate ao tráfico de drogas devem continuar na cidade. De acordo com o capitão Amaral, pelo menos uma vez por mês o efetivo da PM será destinado a esse tipo de trabalho.

“É lógico que a gente tem que estar sempre verificando algumas falhas e tentando corrigir para que a operação fique a mais eficaz possível dentro das condições que a gente tem”, destaca o militar. “A ideia é partir para o armazenamento de imagens.”

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