Depois
de 90 dias de investigação, a Comissão Processante (CP), instaurada para apurar
possível quebra de decoro parlamentar por parte do vereador Rubens Alves de
Lima (PSB), foi arquivada por 5 votos a 3. O desfecho do caso aconteceu na
noite da última sexta-feira, 26, em sessão extraordinária na Câmara Municipal.
Rubens Alves de Lima continuará na Casa de Leis até o final do ano; agora, resta saber se ele conseguirá ser readmitido na prefeitura (FOTO: Expresso Piraju) |
Votaram
a favor da permanência de Rubens no Legislativo os seguintes vereadores:
Denilton Bergamini (PP), João Fernando José (PMDB), José Carlos Brandini (PSD),
Marco Antonio dos Santos (DEM) e Valberto Zanata (PSDB).
José
Eduardo Pozza (PTB), Luciano Louzada (PMDB) e Pedro Durival do Nascimento (DEM)
votaram de acordo com o relatório da comissão, o qual pedia a cassação do
investigado.
A
defesa de Rubens ficou a cargo de dois advogados: Carlos Alberto Francisco e
Fábio José Pedro. De acordo com o jornal Folha
de Piraju, o futuro político do vereador estava ameaçado antes da sessão.
Na sua última edição, o semanário diz que “havia a expectativa de que Rubens
não conseguiria os três votos, ou seja, um terço dos vereadores, necessários
para manter-se no cargo”.
Graças
ao trabalho de persuasão promovido essencialmente por Carlos Alberto – chamado
dois dias antes para fazer a sustentação oral da defesa –, Rubens conseguiu se
ver livre da perda do mandato.
Em
entrevista ao blog Expresso Piraju, o advogado diz que o vereador apenas agiu de
forma “imprudente”.
ENTENDA O CASO
Entre os dias 16 e 19 de julho de 2010, Rubens, que até
então era motorista da Saúde, permaneceu na cidade de Curitiba com um veículo
do Departamento da Saúde (DESAU). Todas as despesas foram custeadas pela prefeitura.
Na oportunidade, a esposa do vereador, Luzia Conceição de
Paula Alves, que também estava no automóvel, teria uma consulta agendada no
Hospital Evangélico de Curitiba. O atendimento médico não foi comprovado nas
duas investigações realizadas pela administração por força de uma denúncia
apresentada pelo empresário Eduardo Martignoni. Em razão disso, Rubens foi
demitido depois de 23 anos de serviços prestados ao município.
EXPECTATIVA
No ano que vem, Rubens solicitará de Jair César Damato
(PMDB), futuro prefeito do município, que reveja o processo que resultou na sua
exoneração.
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