Ela afirma que falta boa vontade por parte dos responsáveis pela área da saúde
A aposentada
Maria de Fátima Gentil procurou a rádio Eduvale FM para criticar a falta de
transporte para o seu marido, o funcionário público Carlos Celi Juventino, 59,
que há mais de duas semanas recebeu diagnóstico de ascite (inchaço no abdômen).
Além desse problema, o paciente é obeso e, por conta disso, tem artrose.
Anteontem,
5, o PSF São Pedro encaminhou o caso do paciente para o médico
gastroendocrinologista da Policlínica. De acordo com a Fátima, o único
profissional está em férias. Ela recebeu a informação de que o atendimento
poderá ser feito daqui a três meses na UNESP de Botucatu, uma vez
que há outros casos já agendados.
Reclamante diz que PSF poderia ter disponibilizado autorização para o paciente FOTO: Expresso Piraju |
Ainda na
Policlínica, a moradora foi orientada a procurar o setor de transportes do
Departamento Municipal de Saúde (DESAU) para que uma ambulância fosse
disponibilizada para levar o paciente ao pronto-socorro de Botucatu. No setor,
ela recebeu a notícia de que o veículo só seria oferecido se o PSF emitisse
alguma autorização. “Por que no PSF eu já não fui informada que eu teria que
apresentar esse papel? É um jogo de empurra-empurra”, diz.
Indignada, Fátima
diz que teme pela saúde do esposo. “Ele está retendo líquido. E se dá uma
parada cardiorespiratória? O que eu vou fazer com um paciente com problema de
saúde na casa?”, questiona.
RECLAMAÇÕES
Na última
sexta-feira, 2, Néia Vaz, moradora da zona rural, procurou a Eduvale para
criticar o setor de transportes do Departamento de Saúde. Segundo informações,
o irmão dela perdeu uma consulta na UNESP de Botucatu em virtude da falta de
ambulância. O paciente possui depressão profunda. Néia disse à emissora que, no
dia da consulta, o responsável pelo setor justificou a demora com o argumento de que a prefeitura possui
apenas um veículo.
Dias antes,
o filho de Mariana de Fátima de Paula, residente no Conjunto Sergio Garcia,
enfrentou dificuldades para conseguir atendimento no pronto-socorro. A criança,
que tem bronquite, precisou esperar várias horas para ser atendida. Em
entrevista à rádio, Mariana afirmou que as pessoas que estavam na fila de
espera não se conformaram com a falta de prioridade na seleção dos pacientes. “Eu
gostaria que o prefeito ouvisse isso porque ele não está na nossa pele. Eu
gostaria que ele passasse uma noite de frio. Se a gente tiver que pagar, a
gente tem que tirar da boca”, desabafa.
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