quarta-feira, 7 de maio de 2014

Esposa de paciente cobra transporte para Botucatu

Ela afirma que falta boa vontade por parte dos responsáveis pela área da saúde

A aposentada Maria de Fátima Gentil procurou a rádio Eduvale FM para criticar a falta de transporte para o seu marido, o funcionário público Carlos Celi Juventino, 59, que há mais de duas semanas recebeu diagnóstico de ascite (inchaço no abdômen). Além desse problema, o paciente é obeso e, por conta disso, tem artrose.

Anteontem, 5, o PSF São Pedro encaminhou o caso do paciente para o médico gastroendocrinologista da Policlínica. De acordo com a Fátima, o único profissional está em férias. Ela recebeu a informação de que o atendimento poderá ser feito daqui a três meses na UNESP de Botucatu, uma vez que há outros casos já agendados.

Reclamante diz que PSF poderia ter disponibilizado autorização para o paciente
FOTO: Expresso Piraju

Ainda na Policlínica, a moradora foi orientada a procurar o setor de transportes do Departamento Municipal de Saúde (DESAU) para que uma ambulância fosse disponibilizada para levar o paciente ao pronto-socorro de Botucatu. No setor, ela recebeu a notícia de que o veículo só seria oferecido se o PSF emitisse alguma autorização. “Por que no PSF eu já não fui informada que eu teria que apresentar esse papel? É um jogo de empurra-empurra”, diz.

Indignada, Fátima diz que teme pela saúde do esposo. “Ele está retendo líquido. E se dá uma parada cardiorespiratória? O que eu vou fazer com um paciente com problema de saúde na casa?”, questiona.

RECLAMAÇÕES

Na última sexta-feira, 2, Néia Vaz, moradora da zona rural, procurou a Eduvale para criticar o setor de transportes do Departamento de Saúde. Segundo informações, o irmão dela perdeu uma consulta na UNESP de Botucatu em virtude da falta de ambulância. O paciente possui depressão profunda. Néia disse à emissora que, no dia da consulta, o responsável pelo setor justificou a demora com o argumento de que a prefeitura possui apenas um veículo.

Dias antes, o filho de Mariana de Fátima de Paula, residente no Conjunto Sergio Garcia, enfrentou dificuldades para conseguir atendimento no pronto-socorro. A criança, que tem bronquite, precisou esperar várias horas para ser atendida. Em entrevista à rádio, Mariana afirmou que as pessoas que estavam na fila de espera não se conformaram com a falta de prioridade na seleção dos pacientes. “Eu gostaria que o prefeito ouvisse isso porque ele não está na nossa pele. Eu gostaria que ele passasse uma noite de frio. Se a gente tiver que pagar, a gente tem que tirar da boca”, desabafa.

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