quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Caso Sorriso: CCZ reconhece equívoco de funcionário que elaborou orientação

De acordo com órgão, agente ‘se atrapalhou na hora de passar a informação’

A notícia sobre um cachorro de rua que poderia ser eutanasiado pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) repercutiu nas redes sociais. Publicada pelo blog Expresso Piraju, a matéria rendeu inúmeros comentários. Internautas se manifestaram contra a medida, alegando que o animal, chamado Sorriso, é manso e não oferece risco à população.

Morador do Jardim Jurumirim fez questão de registrar
em vídeo o comportamento dócil do animal; clique aqui
De acordo com uma orientação destinada aos moradores que alimentam o animal, o CCZ poderá eutanasiar o cachorro caso duas novas agressões sejam confirmadas. Ainda segundo o documento, assinado no dia 17 de julho, o órgão observará o animal por um prazo de 10 dias.

Outra informação discriminada na orientação diz respeito à lei nº 3.057/07, cujo artigo 7º diz que “serão apreendidos os cães mordedores viciosos, condição essa constatada por autoridade sanitária, devidamente fundamentada, ou comprovada mediante dois ou mais boletins de ocorrência policial, podendo ser liberados se, no prazo estipulado pela referida autoridade, o proprietário providenciar os meios para manter o animal em local seguro para as pessoas, assinando termo de responsabilidade”.

Em nota, o órgão disse inicialmente que o Expresso Piraju se equivocou ao ter redigido a notícia. “Em momento algum o CCZ disse que esse animal seria recolhido para eutanásia. O que pode ter havido foi uma falha na interpretação de quem procurou o blog e de quem escreveu a matéria”, diz.

Numa outra mensagem, o CCZ diz que o agente responsável pela orientação “errou” ao ter colocado a informação de que o animal poderia ser eutanasiado. De acordo com o órgão, o funcionário deveria ter se limitado a colocar o artigo 7ª da lei. “Errar é humano. Sendo funcionário novo e com pouco tempo na área, ele se atrapalhou na hora de passar a informação. Faltou colocar que seria mediante a dois ou mais boletins de ocorrência policial”, afirma.

A veterinária Samanta Garbelotti, que pertence à equipe do CCZ, também participou da discussão nas redes sociais. Ele se posicionou contra a possibilidade de o cachorro ser morto. “Sou completamente contra eutanásia em animais sadios. Acredito e muito que um animal de rua só ataca pessoas (e quando ataca, pois é raro), para se proteger. Às vezes, as pessoas vêm com pedras e paus na mão. É lógico que o coitado vai ficar com medo e vai se proteger, né? Eu não falei em momento algum que iria fazer eutanásia no Sorriso, e nem farei porque sei que ele é dócil”, relata.

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