Diego dos Reis de Oliveira
Não é de
hoje que a feira livre, realizada todos os domingos na cidade de Piraju,
desperta minha atenção e, é claro, meu apetite. Se na minha infância a feira
estava associada ao consumo de certos produtos, hoje, após avançar a fronteira
dos 30 anos, associo o comércio a um número bem maior de predicados. Um deles
diz respeito ao fato de que, depois de ter aderido à causa vegana, eu passei a
valorizar ainda mais a presença de alimentos naturais na minha mesa.
FOTO: Diego dos Reis de Oliveira |
Outro ponto
importante: adquirir o produto diretamente do produtor é uma experiência
inexistente, por exemplo, nos supermercados. Já na feira, por sua vez, o
produto geralmente é vendido pela mesma pessoa que participou de todo o
processo de cultivo. Resultado: a venda do produto ganha em termos de
informação. Qualquer dúvida pode ser extirpada no ato.
A feira possui
outra característica ímpar. É incrível como o ambiente das barracas fomenta a
conversa entre as pessoas. Ao contrário de outros lugares onde o silêncio
impera, a feira estimula o movimento dos maxilares. A prosa ocorre com
naturalidade, sem ser intimidada por espaços privados, edificados para
proporcionar uma aparente sensação de conforto, mas que, no frigir dos ovos,
impõem um engessamento, uma disciplina. O fato de a feira ocorrer num espaço
público faz com que as pessoas fiquem mais à vontade.
Se você
ainda não conhece a feira dominical, não deixe de prestigiá-la. Acorde bem cedo
e confira a variedade de produtos que são comercializados na Av. Augusto
Piacenza, no Jardim Jurumirim. A venda começa às 6h e se estende até o horário
do almoço. Outra sugestão é a Feira da Lua, que ocorre todas às quartas-feiras,
sempre das 16h às 22h30, na Praça Ataliba Leonel.
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