Gastão diz que Executivo quebrou
compromisso ao ter permitido instalação da Feira do Brás
A diretoria
da Associação Comercial e Industrial de Piraju (ACIP) concedeu entrevista
coletiva nesta para divulgar todos os esforços que foram
feitos pela entidade para proibir a instalação da Feira do Brás na cidade.
Gastão Lanze, presidente da ACIP (FOTO: Expresso Piraju) |
Encabeçada pelo
presidente da ACIP, Gastão Lanze, a coletiva contou com a participação de
quatro lojistas e do gerente da Associação, Ataíde Moreira dos Santos.
Lanze disse
que o prefeito Jair César Damato (PMDB) firmou “compromisso com o comércio de
Piraju” ao ter garantido que a administração não iria expedir alvará para a
realização da feira.
Ocorre que,
no final da tarde da última sexta-feira, 15, a prefeitura autorizou o
funcionamento após o responsável pela feira, Thiago Hernandes da Silva,
providenciar a regularização do evento.
Durante a
coletiva, o presidente da ACIP não escondeu sua revolta com a administração. “Eu
procurei o melhor, mas infelizmente nós não fomos ouvidos pela prefeitura. O
comércio de Piraju não merece isso”, diz.
Ainda na
entrevista, o presidente reafirmou seus argumentos contrários à feira. Segundo
ele, as mercadorias têm procedência duvidosa e não possuem nota fiscal. Além
disso, de acordo com Gastão, a qualidade dos produtos é questionável.
Em resposta,
o diretor do atual Departamento de Relações Institucionais (antigo Departamento
Jurídico), Marcos Tonon, disse à imprensa que o responsável pela feira
apresentou todos os documentos exigidos pela legislação e ainda recolheu os
tributos incidentes sobre esse tipo de comércio.
Marcos Tonon, diretor do Departamento de Relações Institucionais (FOTO: EP) |
Questionado
sobre o ofício assinado pelo delegado Sérgio Canevari, da Receita Federal de
Marília, enviado à prefeitura no mês de março, de acordo com o qual a Feira do
Brás “funciona como abrigo para diversas práticas ilícitas”, Tonon disse que,
antes da emissão do alvará, a prefeitura consultou o órgão.
Segundo ele,
“a resposta recebida por e-mail aponta que a prefeitura deve negar autorização
para esse tipo de evento observada a legislação municipal. Se na legislação municipal
tiver a proibição desse tipo de comércio, estaria então contrariando a
legislação. Considerando que na nossa legislação municipal existe a previsão
expressa do comércio eventual, entendeu-se que estava atendida a possibilidade
da realização desse tipo de serviço ”.
Tonon disse
que, em contato com o Posto Fiscal de Ourinhos, a prefeitura foi informada que
a consulta tinha que ser feita com antecedência. Assim como aconteceu com a
Receita Federal, o contato com o Posto Fiscal ocorreu no primeiro dia de
funcionamento do evento.
Realizada
entre os dias 15 e 18, a Feira do Brás contou com 17 barracas instaladas numa
propriedade particular do Conjunto Sergio Garcia. Informações extra-oficiais
apontam que, até domingo, os ambulantes tinham faturado aproximadamente R$ 250
mil.
A Feira do Brás foi instalada numa área particular do Conj. Sergio Garcia (FOTO: MFBI) |
Um comentário:
Seria tão simples... Não há fiscais (da Prefeitura ou da Receita regional) que pudessem ser acionados para verificar se os produtos têm procedência, através de nota fiscal? Alguém(s) aí está (é) muito omisso!
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