domingo, 5 de junho de 2016

Relatório define futuro de agente comunitária do PSF Jurumirim

Servidora é acusada de colocar antidepressivo na água do posto

A comissão instaurada pela portaria 14/2016 está preparando o relatório conclusivo das investigações envolvendo a agente comunitária de saúde do PSF Jurumirim que confessou ter colocado o antidepressivo Rivotril na água do posto.

Imagem ilustrativa (FOTO: Igor Sperotto)

Em contato com a advogada Marineide Tossi, que está prestando assessoria jurídica à comissão, a reportagem do Expresso Piraju foi informada que a conclusão dos trabalhos será divulgada nos próximos dias. No momento, a comissão está apreciando a defesa apresentada pela advogada da funcionária.

De acordo com a portaria, “os fatos narrados caracterizam, em tese, descumprimento dos deveres funcionais elencados no artigo 149 do Estatuto dos Servidores Públicos Municipais”. Por conta disso, a agente, que trabalha há nove anos na unidade, está sujeita a perder o emprego.
Desde que o caso veio à tona, ela está afastada das funções e impedida de comparecer no PSF Jurumirim.

ENTENDA O CASO

No dia 20 de abril, uma servidora do PSF presenciou a agente colocando Rivotril no galão de água usado pelos funcionários da unidade, bem como no filtro que fica à disposição dos usuários.
O flagrante foi imediatamente comunicado à Sociedade de Beneficência, responsável pela gestão do Programa Saúde da Família (PSF), e pela enfermeira responsável pelo posto. Logo em seguida, a prefeitura instaurou processo administrativo disciplinar para apurar o ocorrido.

Ao longo das investigações, várias pessoas foram arroladas para prestar depoimento. Um delas é a faxineira do PSF, que alega ter consumo a água com o medicamento. A funcionária não apresentou nenhum tipo de alteração.

À comissão, a agente confessou ter colocado duas gotas do remédio apenas no galão, e que permaneceu próximo ao recipiente para que ninguém tomasse a água. Ela disse ainda que dispensou a água por conta própria e que só não colocou no filtro porque teria dificuldades para substituir a água.

Ela também admitiu que o remédio foi deixado na unidade para ser descartado, uma vez que estava vencido. Além disso, a servidora afirmou que tudo não passou de “brincadeira”.

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