Denunciante alega que Executivo
desrespeitou a Carta Magna
Na última
terça-feira-feira, 19, a Câmara Municipal instaurou novamente uma comissão
processante para apreciar denúncia do servidor público aposentado Motaury Iaralham. O caso
versa sobre o fato de o Executivo não ter concedido reposição salarial ao
funcionalismo.
Motaury Iaralham, autor da denúncia (FOTO: Expresso Piraju) |
Assim como
na denúncia anterior – arquivada por conta de um lapso da comissão processante presidida
pelo vereador José Eduardo Pozza (PTB) –, Iaralham pede a cassação do mandato
eletivo do prefeito Jair César Damato (PMDB). No entendimento do representante,
o prefeito descumpriu a Constituição Federal e a lei municipal que dispõe sobre
a correção salarial.
Submetida a
votação em plenário, a denúncia foi rejeitada pelos vereadores João Fernando
José (PMDB), Luciano Louzada (PMDB), Marco Antonio dos Santos (DEM), Serginho
da Rádio (PMDB) e Vinícius Garcia (PV). Contudo, a representação foi acolhida
após o presidente da Casa, Carlinhos Pneus (PR), se valer do voto de Minerva.
A
manifestação favorável à denúncia por parte de Carlinhos foi aplaudida por
Iaralham, que acompanhou atentamente a sessão e ainda discutiu com João Fernando
José, porta-voz do Executivo.
Na mesma
sessão, os vereadores sorteados para compor a CP decidiram entre si a
hierarquia da comissão. Pozza foi novamente escolhido para presidir os
trabalhos. Os vereadores Vinícius Garcia e José Carlos Brandini, ambos do PV,
exercerão as funções de relator e membro, respectivamente.
Momento da votação do acolhimento da denúncia; os parlamentares que aparecem em pé rejeitaram o pedido de cassação do servidor aposentado (FOTO: EP) |
Em
entrevista à rádio Eduvale FM, Iaralham foi questionado sobre suas expectativas
em relação aos trabalhos da nova CP. “Eu espero que essa comissão seja melhor
que a anterior. Eu acho que o presidente tem que tomar um remédio pra não
esquecer que ele tem compromisso. Como vereador, ele tem a responsabilidade de
atuar conforme a lei”, diz.
De acordo
com o assessor jurídico da Casa, Hélio Guerra, a comissão tem cinco dias para
dar início aos trabalhos. O primeiro passo da comissão consiste em enviar a
cópia do processo ao denunciado. “Recebendo essa cópia, o prefeito tem 10 dias
para apresentar defesa prévia. Logo após, a comissão tem um prazo de cinco dias
para decidir se a denúncia será arquivada ou não”, explica.
Ainda
segundo Guerra, o fato de a comissão ter sido instaurada na última sessão
ordinária antes do recesso parlamentar não interferirá na condução dos
trabalhos.
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