sexta-feira, 10 de março de 2017

Procurador cobra fiscalização da jornada de trabalho dos servidores da Saúde

Em caso de descumprimento, município pode perder recursos do governo

O Ministério Público Federal enviou ofício ao prefeito José Maria Costa (PPS) recomendando a fiscalização da carga horária dos funcionários da Saúde cujos salários são custeados com verba federal. Assinado pelo procurador Antonio Marcos Martins Manvailer, o documento foi enviado ao município no final do mês passado.

Trecho da recomendação expedida pelo Ministério Público Federal

Ao longo do ofício, a Justiça discrimina uma série de argumentos que sustentam a recomendação. Em síntese, porém, o MPF quer “resguardar o direito dos usuários do Sistema Único de Saúde” e “garantir a existência de mecanismos que inibam irregularidades nos serviços prestados”.

Manvalier apresenta quatro medidas que, no entendimento do MPF, devem ser adotadas pela prefeitura: adequação no sistema de registro eletrônico de frequência; fiscalização do registro eletrônico, de forma a evitar que os funcionários não usem o ponto; manutenção dos registros ativos, bem como a eficiência dos aparelhos para verificar o horário exato de entrada e saída; e adoção de desconto financeiro nos casos em que o funcionário deixa de usar o ponto.

Por fim, o procurador estabelece um prazo de 30 dias para que a prefeitura apresente, sob a forma de relatório, as medidas que estão sendo tomadas para controlar o cumprimento da carga horária dos profissionais, sob pena de “suspensão de repasses por parte do Ministério da Saúde, sem prejuízo da eventual responsabilização nas searas administrativas, cível e criminal”.

No último sábado, 4, José Maria Costa publicou, nas redes sociais, a lista dos profissionais que atuam na Saúde, juntamente com seus respectivos horários de trabalho. Na postagem, o prefeito faz um apelo à população: “Quem não cumprir esses horários está descumprimento o que foi combinado. Reclamem”.

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