Depois de ter aprovado a doação de uma
área de 450 m² para a prefeitura construir o pronto-socorro, a AASP (Associação
Amigos da Saúde de Piraju) se reuniu em assembleia para votar o prazo
estabelecido pelo município para início e conclusão da obra, a chamada cláusula
de reversibilidade.
Mauro e Mila Bérgamo, vice-presidente, durante a leitura do projeto que tramita na Câmara Municipal de Piraju (FOTO: Diego dos Reis/Expresso Piraju) |
A reunião ocorreu na noite da última
quinta-feira, 18, na sede da associação, e contou com a presença de apenas nove
dos mais de 3,2 mil sócios.
Por unanimidade, os associados
aprovaram o prazo de dois anos para a prefeitura dar início à construção e de
seis anos para o pronto-socorro ser entregue à população. Também foi decidido
que, se a obra não respeitar os prazos, o imóvel voltará a pertencer à AASP.
Momento em que os sócios presentes aprovam o prazo estabelecido pela prefeitura para construção do pronto-socorro (FOTO: Diego dos Reis/EP) |
Segundo a diretoria da entidade, o próximo passo agora é registrar a ata da assembleia e entregar a matrícula do imóvel à prefeitura.
“Eu espero que realmente isso [a
construção] se concretize. Esse pronto-socorro é uma necessidade há muito tempo”,
diz Mauro Bérgamo, presidente da AASP em entrevista à reportagem.
Bérgamo informou que entrará em contato
com a prefeitura durante a elaboração do projeto. “Eu pretendo que se faça mais
um andar em cima. Como é um terreno que está muito valorizado, tem que
valorizar a obra também”, conta.
No mês passado, logo após a assembleia
que deliberou a destinação da área ao município, o prefeito José Maria Costa
(PPS) disse que o local receberá um pronto-socorro “condizente com as
necessidades do povo, com ala estritamente para pediatria e com todos os
equipamentos necessários e modernos”.
Localizado entre a Avenida da Saudade e Rua 15 de Novembro, o terreno é usado como estacionamento (FOTO: Diego dos Reis/Arquivo EP) |
LEGISLATIVO
O projeto que autoriza o município a
receber o terreno da AASP tramita nas comissões permanentes da Câmara
Municipal. A tramitação da matéria na Casa de Leis já deveria ter sido
concluída não fosse o fato de o Executivo ter enviado um projeto sem qualquer
menção ao novo pronto-socorro, muito menos à obra e à cláusula de
reversibilidade.
A lei chegou a ser publicada no Diário Oficial
Eletrônico, porém foi revogada logo em seguida pelo prefeito, uma vez que
jamais seria aceita pela AASP. Por conta disso, um novo projeto de lei precisou
ser enviado à Câmara.
Nenhum comentário:
Postar um comentário