Diego dos
Reis
Em entrevista a duas emissoras de
rádio, o prefeito José Maria Costa (PPS) foi questionado sobre o vice-prefeito
Fabiano Amorim (SD). Nos dois casos, o chefe do Executivo adotou o mesmo
comportamento: ignorou as perguntas e mudou radicalmente o rumo da conversa.
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| Prefeito José Maria Costa (FOTO: Diego dos Reis/Arquivo Expresso Piraju) |
A primeira entrevista ocorreu na última
quinta-feira, 10, na rádio Mater Dei FM. Ao ser indagado pelo âncora do jornal,
Anderson Moreira, sobre uma suposta aproximação com Amorim, José Maria fez uma
rápida pausa e, na sequência, despejou uma série de assuntos aleatórios até se
despedir dos ouvintes.
A segunda ocorreu hoje, na Eduvale FM.
O apresentador do jornal, Rafael Lacerda, perguntou ao prefeito se a saída do
vice-prefeito do dia a dia da administração gerou algum tipo de prejuízo
político. Assim como no caso anterior, José Maria ignorou o questionamento.
Como resposta, ele preferiu falar sobre a construção do Centro Cultural, obra
financiada pelo DADE (Departamento de Apoio ao Desenvolvimento das Estâncias).
Nas duas entrevistas, os apresentadores
não insistiram nas perguntas.
Em abril do ano passado, Amorim foi
exonerado – a pedido do prefeito – do cargo de diretor dos Departamentos de
Esportes e de Turismo. À imprensa, o governo limitou-se a divulgar a demissão
via aplicativo. A medida não foi justificada.
Dias depois, em entrevista coletiva,
Amorim disse que sua exoneração foi motivada pela comissão processante que
investigou denúncia do ex-chefe do Setor de Transportes do Departamento de
Saúde, Maurício Garcia.
Segundo o vice-prefeito, José Maria o
intimou, enquanto presidente do Solidariedade, a exigir que dois vereadores,
ambos do partido (João Luciano da Silva e José Carlos Nunes) votassem pelo
arquivamento da denúncia. A representação visava a cassação do mandato eletivo
do prefeito.
À época, Amorim disse à imprensa que
não aceitou a condição imposta pelo prefeito, alegando que não iria interferir
nos trabalhos da CP. Desde então, o vice-prefeito tem procurado espaço político
em ações pontuais, já que não possui nenhuma atuação dentro do governo.
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