A Polícia Civil de
Piraju concluiu o inquérito sobre a morte da esteticista Carla Cristina Fonseca,
30, moradora da Vila Bérgamo. Em abril, a profissional foi acometida por um
quadro grave de apendicite.
Carla tinha 30 anos e residia na Vila Bérgamo FOTO: Facebook/Arquivo pessoal |
Segundo o delegado
Alberto Bueno Correa Filho, as investigações não comprovaram nenhum tipo de
negligência médica. O relatório do inquérito mostra que não houve relação de
causalidade entre a conduta dos médicos envolvidos e o falecimento da
profissional.
“Não há
possibilidade jurídica de vincular a morte da paciente Carla à ação direta de
um desses profissionais”, diz. “Se houve negligência, esta não entrou na esfera
do crime. Essa é a minha opinião.”
Apesar de não
atribuir culpa a nenhum médico que atendeu a profissional, o inquérito traz um
dado que vem ao encontro das alegações da família de Carla: a demora no
diagnóstico da doença.
De acordo com as
investigações, ao passar pela primeira vez no pronto-socorro de Piraju, a
paciente recebeu apenas soro com analgésico, uma vez que o quadro apontado pela
médica não configurava apendicite, mas sim intoxicação alimentar.
A imprecisão do
diagnóstico contribuiu para o agravamento da doença. Conforme divulgado, a
descoberta da infecção ocorreu em Avaré, uma semana depois de Carla ter
procurado atendimento na unidade de emergência de Piraju.
A esteticista faleceu
no dia 25 de abril na Santa Casa de Avaré. O laudo necroscópico aponta que ela
teve “morte natural em decorrência de choque séptico, peritonite grave e
apendicite”.
“Do ponto de vista ético, eu observo, na minha
opinião, que faltou um pouco mais de atenção desde o primeiro atendimento.
Talvez tenha faltado levar a sério. Parece que as coisas poderiam ter sido
diferentes”, relata o delegado.
O Ministério
Público, que solicitou abertura de inquérito para esclarecer o caso, já recebeu
o resultado das investigações.
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