sábado, 25 de abril de 2020

Vice-prefeito faz graves acusações contra José Maria Costa

Segundo ele, prefeito designou fiscais para constranger comerciantes

O vice-prefeito Fabiano Amorim (Solidariedade) classificou como arbitrária, oportunista e criminosa a decisão da prefeitura que determinou o fechamento dos estabelecimentos não essenciais.


Fabiano Amorim
FOTO: Diego dos Reis/Arquivo EP

Conforme divulgado, a determinação foi levada a cabo após a prefeitura ser questionada, via ofício, pelo Ministério Público sobre “notícias de que estabelecimentos de atividades não essenciais estão em pleno funcionamento na cidade”.

Assinado pela promotora Mariana Ueshiba da Cruz Gouveia, o documento solicita informações sobre quais “medidas de fiscalização” estão sendo tomadas para evitar que o decreto do governador João Dória (PSDB) seja descumprido no município (leia mais).

Neste sábado, a ordem foi cumprida com apoio de policiais militares, fato que acabou gerando uma grande repercussão na cidade, uma vez que o ofício do MP não estabelece nenhuma medida de fechamento das lojas.

Sobre isso, Amorim escreveu que “hoje pela manhã fui surpreendido com a notícia de que, por conta de questões políticas, o prefeito instruiu seus fiscais a coagir os comerciantes que estavam trabalhando com total respaldo ao decreto estadual”.

O vice-prefeito disse que a prefeitura “utilizou desnecessariamente da Polícia Militar para acompanhar os fiscais, que realizaram seu trabalho sem a menor culpa, pois apenas davam apoio e não tomavam decisão”.

“Já não bastam as dificuldades que sempre os comerciantes passam, a preocupação com seus compromissos, com suas famílias e famílias dos funcionários, pois os mesmos são também de responsabilidade dos comerciantes, temos agora que lidar com os desmandos de um prefeito que se acha um coronel nessa cidade e acredita que está acima de tudo e de todos. Isto é inaceitável”, afirma.

Ao propor um embate em massa contra o prefeito, tido por ele como “irresponsável”, Amorim relata que a determinação que resultou no fechamento das lojas ocorreu em virtude de sua visita à sede da ACIP (Associação Comercial e Industrial de Piraju), ocorrida ontem, 24.

O político publicou que é a favor da “flexibilização legal do comércio”, em consonância com o governo paulista e o Ministério Público.

“Como vice-prefeito e delegado de polícia, concluo que esta decisão do prefeito é arbitrária e estritamente oportunismo político, caracterizando abuso de poder e consequentemente ato criminoso”, finaliza.

A reportagem não conseguiu contato com a assessoria de imprensa da prefeitura para ouvir o lado da administração sobre as acusações de Amorim.

Nenhum comentário: