Motorista disse à polícia que, no dia do acidente, enfrentou falta de freio
DIEGO DOS
REIS
A perícia realizada para apurar as causas do acidente que matou 42 pessoas em Taguaí não confirmou a versão apresentada pelo motorista do ônibus que transportava a maioria das vítimas.
FOTO: Arquivo pessoal |
Divulgado ontem, 21, no Fantástico, o laudo do Instituto de Criminalística de São Paulo revela que o coletivo não enfrentou problemas no freio, uma vez que todos componentes do veículo estavam “íntegros”.
A perícia também verificou que o trecho onde ocorreu o acidente, no km 172 da Rodovia Alfredo de Oliveira Carvalho (SP-249), apresentava condições regulares de trafegabilidade.
Segundo a delegada que está à frente das investigações, Camila Rosa Alves, a versão do motorista de que houve pane mecânica não encontra respaldo nas investigações feitas até o momento, fato que reforça a tese de falha humana.
“Houve uma ultrapassagem em local proibido. Foi de fato uma ação deliberada do motorista”, afirma Camila.
A defesa do condutor alega que há testemunhas que confirmam a versão de falta de freio. Em entrevista ao Fantástico, o advogado do motorista disse que, se houver condenação, irá pedir perdão judicial ao seu cliente, de forma a anular a aplicação da pena.
O inquérito policial está na fase final. Até o momento, mais de 25 pessoas já prestaram depoimento.
ACIDENTE
A tragédia ocorreu na manhã do dia 25 de novembro de 2020. As vítimas tinham saído de Itaí com destino a uma indústria têxtil localizada em Taquarituba.
O ônibus com os trabalhadores atingiu uma carreta carregada com material orgânico. A maioria dos passageiros morreu no local, assim como o motorista da carreta.
De acordo com a Polícia Rodoviária, o acidente é o maior das
rodovias estaduais de São Paulo nas últimas duas décadas.
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