domingo, 30 de maio de 2021

Em junho, conta de luz ficará mais cara

Sistema passará a depender do funcionamento das termelétricas

DIEGO DOS REIS

Prepare o bolso! Durante o mês que vem, a conta de luz ficará mais cara. O patamar 2 da bandeira vermelha foi autorizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Imagem ilustrativa

Na prática, será assim: para cada 100kWh consumidos, a conta terá um valor adicional de R$ 6,24. Desde o início do ano, essa é a primeira vez que a cobrança chega nesse patamar.

Quais são as justificativas desse aumento? O governo federal alega que tudo isso é consequência do nível de armazenamento de águas nos reservatórios das usinas hidrelétricas das regiões Sudeste e Centro-Oeste.

Juntas, essas usinas respondem por mais de 50% da capacidade de geração de energia elétrica em todo território brasileiro.

Sem chuva, o sistema recorre às usinas termelétricas, que funcionam a partir da queima de combustíveis, como carvão e diesel. Esse tipo de energia é mais cara – e poluente também. O resultado do uso das termelétricas é o aumento nas contas de luz.

O estado de emergência hídrica motivou um alerta por parte do governo federal. A expectativa é de que, no período de junho a setembro, os estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul e Paraná enfrentem escassez de chuva.

Em resumo, durante o mês de junho, para cada R$ 10 kWh de energia consumida, o cidadão brasileiro irá pagar R$ 6,24. E o cenário é de que o patamar 2 da bandeira vermelha persiste ao longo do segundo semestre por conta da seca que afeta as hidrelétricas.

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