sábado, 26 de fevereiro de 2022

Reunião discute ações para livrar ribeirinhos de possíveis desastres

DIEGO DOS REIS

Defesa Civil não garante que população que margeia o Boa Vista está livre de algum evento trágico

A Câmara Municipal de Piraju sediou na última segunda-feira, 21, um encontro para tratar da insegurança vivida pela população que reside às margens do Ribeirão Boa Vista. A reunião foi convocada pelo vereador Reginaldo Rodrigues (Republicanos).

Flagrante do transbordamento do Ribeirão Boa Vista em meados de 2018
FOTO: Diego dos Reis /AEP

Além dos vereadores, a reunião contou com representantes da Sabesp, Defesa Civil e Departamento de Agricultura, Meio Ambiente e Defesa Animal. O DAEE (Departamento de Água e Energia Elétrica) foi convidado para participar do encontro, porém o órgão informou que o responsável estava em férias.

Segundo o presidente da Defesa Civil, Adriano Frigo Junior, a primeira ação que será tomada consiste na limpeza de todo o curso do ribeirão. “Nós precisamos fazer um levantamento para identificar os pontos mais críticos e fazer uma intervenção para que não ocorra nenhuma tragédia”, afirma.

De acordo com ele, a recuperação da calha do ribeirão também está na pauta dos serviços, bem como um estudo da estrutura das 27 pontes existentes ao longo do Boa Vista. O estudo deverá ser executado por uma empresa terceirizada pela prefeitura.

O responsável pela Defesa Civil foi questionado pela reportagem se a população ribeirinha corre algum tipo de risco. “É duro afirmar que não pode ter nenhum problema tendo em vista o histórico e do volume de água anormal nesses períodos”, afirma.

Segundo o vereador José Carlos Garcia, a solução definitiva para o problema seria a remoção de todas as famílias que residem às margens do Boa Vista. Dada a inviabilidade da medida, o parlamentar considera imprescindível que a cidade tenha piscinões para conter a água e um plano de macrodrenagem.

Em meados de 2018, as fortes chuvas que atingiram o município resultaram no transbordamento do Boa Vista. Com isso, algumas casas localizadas às margens do ribeirão, no trecho da Rua Lourenço Benetti, na Vila Diana, ficaram inundadas.

À época, uma moradora ouvida pela reportagem reivindicou o aprofundamento do ribeirão como forma de melhorar o escoamento das águas pluviais até o Rio Paranapanema.

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