Em
entrevista à rádio Eduvale FM, o delegado Alberto Bueno Correa Filho relatou os
detalhes do homicídio ocorrido na noite da última terça-feira, 16. O crime
aconteceu na Fazenda Ceres, onde a vítima morava sozinha. O pedreiro A.F.C., 46
anos, foi morto após entrar em luta corporal com os próprios filhos. Além de
ter recebido vários golpes de capacete na cabeça, o homem foi esfaqueado no
peito.
Depois
do crime, os irmãos fugiram numa moto. Os dois foram presos horas depois. Em
depoimento ao delegado, eles confessaram o crime. De acordo com a autoridade
policial, o depoimento dos acusados surpreendeu pela frieza com que os fatos
foram narrados.
O delegado disse que envolvimento da vítima com a esposa do filho motivou o crime (FOTO: Expresso Piraju) |
A
motivação do homicídio se deu em razão do caso que a vítima tinha com a esposa
de um dos irmãos. R.F.C., 21 anos, descobriu a traição ao ver mensagens
amorosas do pai no celular da sua mulher. Antes de questioná-lo sobre o
relacionamento, o filho procurou o irmão, E.R.C., 18 anos. Juntos, eles foram
até a casa do pai. No local, os três se envolveram numa discussão que terminou
em agressão física.
Confira
a fala do delegado.
Embora o laudo pericial não tenha sido concluído, é possível supor que a vítima tenha morrido em função dos golpes de capacete e de uma facada que recebera do filho mais novo. A arma, que estava na bolsa do irmão traído, atingiu o peito do homem.
O que
mais surpreende nesse caso é o fato de E.R.C. ter sido preso no cemitério
municipal. Ele estava, junto com a família, preparando o enterro do pai. Os
parentes não desconfiaram, pois até então não havia indícios da participação do
jovem no crime.
A
polícia apreendeu a faca utilizada no assassinato, bem como as roupas usadas
pelos irmãos, as quais estavam sujas de sangue. Além disso, os investigadores
apreenderam três espingardas na casa da vítima.
Residência onde o pedreiro foi assassinado (FOTO: Expresso Piraju) |
Os dois
responderão, em regime fechado, pelo crime de homicídio qualificado, pois foi
praticado por motivo fútil e pela utilização de recurso que impossibilitou a
defesa da vítima. Nesse caso, a pena varia de 12 a 30 anos.
Ao
contrário do que foi divulgado inicialmente, os irmãos estão presos na Cadeia
Pública de Sarutaiá.
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