Em janeiro do ano passado, ele tentou
matar a enteada
O fórum de
Piraju sediou ontem, 30, o julgamento de Natalino Almeida Leite, 33. No dia 29
de janeiro de 2013, ele tentou matar a própria enteada com golpes de faca e
tijolo. Sulamita Cristina Souza, 26, foi socorrida por vizinhos, que conseguiram
afugentar o agressor.
ARGUMENTO - A defesa ainda tentou convencer o júri alegando que o réu (foto) não possui pleno domínio das faculdades intelectuais |
O crime
aconteceu na Rua Antonio Barreto do Nascimento, Bairro Eldorado. Os dois
moravam na mesma rua, porém em casas distintas. De acordo com o que foi
apurado, no dia do crime, a energia elétrica da casa de Natalino foi suspensa
por falta de pagamento. Indignado, ele procurou Sulamita, “acusando-a de ser a
responsável pelos seus problemas, tendo proferido diversas ofensas contra a
vítima, que estava em sua casa”.
Ainda
segundo as investigações, o padrasto agrediu a vítima com uma tapa no rosto e
depois a jogou no chão. Logo na sequência, ele foi até sua casa, pegou uma faca
e voltou até o endereço da enteada. “[...] após confirmar que a vítima havia
chamado a polícia, sacou de forma inesperada a faca que estava na parte de trás
de sua cintura e passou a desferir diversos golpes de faca contra a vítima”.
Intencionado
a matar a enteada, ele “[...] foi até uma pilha de tijolos, tendo atirado
diversos tijolos na ofendida, vindo a atingi-la em diversas partes do corpo,
inclusive na cabeça, nuca e face”. As agressões imprimiram várias lesões na
vítima.
O homicídio
só não foi concretizado graças à intervenção de vizinhos. Depois das agressões,
Natalino fugiu. Ele foi encontrado no mesmo dia pela Polícia Militar.
Preso há
mais de um ano e meio, o padrasto foi condenado a dez anos e seis meses de
prisão em regime fechado por tentativa de homicídio triplamente qualificado (motivo fútil,
emprego de meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima). Depois do
julgamento, ele retornou ao Centro de Detenção Provisória de Cerqueira César.
A defesa
ainda não sabe se recorrerá da sentença.
Apesar do
trauma, Sulamita conseguiu superar as lesões. Ela atualmente reside e trabalha em
outro município.