terça-feira, 27 de outubro de 2015

Moradores da Casa Apoio são acusados de espancamento

Coordenador diz que assistidos devem responder judicialmente pela agressão

Um homem ainda não identificado foi agredido na Casa Apoio Vida Nova, unidade mantida pela prefeitura de Piraju através do Departamento de Ação Social (DEASO). O caso aconteceu na tarde do último domingo, 25.

Unidade é mantida pela prefeitura de Piraju; o local acolhe moradores de rua e pessoas
que sofrem de alcoolismo; cerca de 15 pessoas estão abrigadas atualmente (FOTO: Expresso Piraju)

Segundo informações, três adultos e uma criança que estavam terminando um trabalhando de evangelização no local presenciaram a agressão. Eles alegam que um idoso foi espancado por dois moradores da casa.

O caso veio à tona no Jornal Regional, noticiário transmitido pela rádio Eduvale FM. Em entrevista concedida à emissora, Simone Rodrigues Amaral, 38, e Júlio César Pereira, 18, afirmam que o homem foi agredido com socos e jogado da escada que dá acesso à parte interna da casa.

As testemunhas disseram ainda que, depois da violência, acionaram a ambulância do pronto-socorro. Júlio alega que a vítima foi ameaçada de morte por um dos agressores. Os denunciantes esperam que os responsáveis pela unidade esclareçam o caso e punam os autores da agressão.

Simone (foto), uma das denunciantes, espera que os responsáveis pela agressão sejam punidos
(FOTO: Expresso Piraju)

O coordenador da Casa Apoio, Júlio Borges, mais conhecido como Neno, participou ao vivo do jornal da Eduvale para comentar a denúncia. A entrevista contou com a participação da assistente social Mariana Denardi, que atua no DEASO, mais precisamente no CREAS (Centro de Referência da Assistência Social).

De acordo com Borges, o homem que foi agredido teria provocado um dos agressores, que há cinco anos reside no local e trabalha na recepção dos moradores. Segundo ele, a vítima estava embriagada e não poderia ter entrado na unidade justamente por estar sob efeito de álcool. A vítima procurou a Casa Apoio para solicitar uma passagem de ônibus.

“O portão fica fechado, mas nesse dia estava aberto. Seu eu chego lá e o cara quer passar na casa, eu vou até o portão e avalio a pessoa. Se ela estiver alcoolizada, eu não coloco pra dentro. Eu tenho ali muitas pessoas que estão em recuperação. A falha foi essa: o portão estava aberto”, diz.

O coordenador apurou que a vítima jogou seus documentos “na cara” de um dos moradores. “Ali não tem nenhum santo, nem eu”, confessa. Borges afirmou que a provocação desencadeou o espancamento. Ainda de acordo com o responsável, os dois acusados pela violência devem ser levados ao conhecimento da Justiça.   

Ele reconheceu que, se estivesse na Casa Apoio no dia da agressão, a história teria outro fim, a começar pelo fato de que o portão não estaria aberto. “Há casos [de pessoas] que eu tenho que deixar posar na rua para evitar problemas lá dentro”, conta.

A vítima passou por atendimento médico no pronto-socorro e foi liberada no mesmo dia.

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