Os responsáveis
pela Calango Tur RM, empresa do ramo de vans, procuraram a reportagem para
questionar a forma como a APEI (Associação Pirajuense dos Estudantes Intermunicipais)
contrata os veículos para atender a entidade.
Rodrigo e Fábio mostram os e-mails enviados à APEI FOTO: Diego dos Reis/Expresso Piraju |
Segundo Fábio
Roberto Lopes dos Santos e Rodrigo Aparecido Mariano, a diretoria da associação
enviou e-mail à empresa no dia 10 de dezembro de 2019. Na mensagem, a APEI
solicita orçamento de uma van para a linha Piraju-Avaré.
Em resposta, a
Calango Tur RM informou que faria o serviço por R$ 6.950.00,00 por mês. No e-mail,
a empresa deixa claro que o valor é passível de contraproposta.
De acordo com os
empresários, a APEI realizou assembleia no último final de semana para
deliberar a contratação de uma outra empresa para fazer o transporte.
Os responsáveis
pela Calango Tur RM alegam que não foram chamados para participar da negociação,
mesmo mantendo o compromisso de rever o orçamento discriminado no e-mail à APEI.
Os dois também informaram que não tiveram acesso ao conteúdo da reunião.
Segundo eles, a
empresa possui frota suficiente para atender a demanda, bem como veículos com
qualidade, conforto e segurança, além de autorização da ARTESP (Agência de
Transporte do Estado de São Paulo). Mesmo assim, a Calango Tur RM se diz
prejudicada, uma vez que sequer teve condições de cobrir a proposta das
empresas concorrentes.
Frota da Calango Tur RM FOTO: Rodrigo Mariano/Arquivo pessoal |
Procurado para
comentar o assunto, o presidente da APEI, Arthur Tonon, disse que no e-mail enviado
à empresa “não houve comunicação de que haveria a realização de leilão ou
pregão”. Segundo ele, “a decisão da diretoria da associação foi pelo valor mais
barato”, e que não havia “motivo [por parte da Calango Tur RM) para envio de um
preço alto inicialmente para que fosse revisto posteriormente”.
Em outras
palavras, a diretoria da entidade diz que a contratação do transporte leva em
conta o primeiro orçamento apresentado pelas empresas consultadas.
“A associação
buscou o menor preço acreditando que os interessados apresentariam no momento
determinado para a resposta. Entendemos que promover leilão não seria a medida
adequada para os interesses do conjunto de associados, tendo em vista que o reclamante
apresentou preço 49% superior do contratado”, afirma Tonon.