sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

Empresa alega dificuldades para negociar com APEI

Associação relata que não abre concorrência para contratar veículos

Os responsáveis pela Calango Tur RM, empresa do ramo de vans, procuraram a reportagem para questionar a forma como a APEI (Associação Pirajuense dos Estudantes Intermunicipais) contrata os veículos para atender a entidade.

Rodrigo e Fábio mostram os e-mails enviados à APEI
FOTO: Diego dos Reis/Expresso Piraju

Segundo Fábio Roberto Lopes dos Santos e Rodrigo Aparecido Mariano, a diretoria da associação enviou e-mail à empresa no dia 10 de dezembro de 2019. Na mensagem, a APEI solicita orçamento de uma van para a linha Piraju-Avaré.

Em resposta, a Calango Tur RM informou que faria o serviço por R$ 6.950.00,00 por mês. No e-mail, a empresa deixa claro que o valor é passível de contraproposta.

De acordo com os empresários, a APEI realizou assembleia no último final de semana para deliberar a contratação de uma outra empresa para fazer o transporte.

Os responsáveis pela Calango Tur RM alegam que não foram chamados para participar da negociação, mesmo mantendo o compromisso de rever o orçamento discriminado no e-mail à APEI. Os dois também informaram que não tiveram acesso ao conteúdo da reunião.

Segundo eles, a empresa possui frota suficiente para atender a demanda, bem como veículos com qualidade, conforto e segurança, além de autorização da ARTESP (Agência de Transporte do Estado de São Paulo). Mesmo assim, a Calango Tur RM se diz prejudicada, uma vez que sequer teve condições de cobrir a proposta das empresas concorrentes.

Frota da Calango Tur RM
FOTO: Rodrigo Mariano/Arquivo pessoal

Procurado para comentar o assunto, o presidente da APEI, Arthur Tonon, disse que no e-mail enviado à empresa “não houve comunicação de que haveria a realização de leilão ou pregão”. Segundo ele, “a decisão da diretoria da associação foi pelo valor mais barato”, e que não havia “motivo [por parte da Calango Tur RM) para envio de um preço alto inicialmente para que fosse revisto posteriormente”.

Em outras palavras, a diretoria da entidade diz que a contratação do transporte leva em conta o primeiro orçamento apresentado pelas empresas consultadas.

“A associação buscou o menor preço acreditando que os interessados apresentariam no momento determinado para a resposta. Entendemos que promover leilão não seria a medida adequada para os interesses do conjunto de associados, tendo em vista que o reclamante apresentou preço 49% superior do contratado”, afirma Tonon.

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