Segundo ele, prefeito designou
fiscais para constranger comerciantes
O vice-prefeito
Fabiano Amorim (Solidariedade) classificou como arbitrária, oportunista e
criminosa a decisão da prefeitura que determinou o fechamento dos
estabelecimentos não essenciais.
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Fabiano Amorim
FOTO: Diego dos Reis/Arquivo EP |
Conforme divulgado,
a determinação foi levada a cabo após a prefeitura ser questionada, via ofício,
pelo Ministério Público sobre “notícias de que estabelecimentos de atividades
não essenciais estão em pleno funcionamento na cidade”.
Assinado pela promotora
Mariana Ueshiba da Cruz Gouveia, o documento solicita informações sobre quais “medidas
de fiscalização” estão sendo tomadas para evitar que o decreto do governador
João Dória (PSDB) seja descumprido no município (leia mais).
Neste sábado, a
ordem foi cumprida com apoio de policiais militares, fato que acabou gerando
uma grande repercussão na cidade, uma vez que o ofício do MP não estabelece
nenhuma medida de fechamento das lojas.
Sobre isso, Amorim
escreveu que “hoje pela manhã fui surpreendido com a notícia de que, por conta
de questões políticas, o prefeito instruiu seus fiscais a coagir os comerciantes
que estavam trabalhando com total respaldo ao decreto estadual”.
O vice-prefeito
disse que a prefeitura “utilizou desnecessariamente da Polícia Militar para
acompanhar os fiscais, que realizaram seu trabalho sem a menor culpa, pois apenas
davam apoio e não tomavam decisão”.
“Já não bastam as dificuldades
que sempre os comerciantes passam, a preocupação com seus compromissos, com
suas famílias e famílias dos funcionários, pois os mesmos são também de
responsabilidade dos comerciantes, temos agora que lidar com os desmandos de um
prefeito que se acha um coronel nessa cidade e acredita que está acima de tudo e
de todos. Isto é inaceitável”, afirma.
Ao propor um
embate em massa contra o prefeito, tido por ele como “irresponsável”, Amorim relata
que a determinação que resultou no fechamento das lojas ocorreu em virtude de
sua visita à sede da ACIP (Associação Comercial e Industrial de Piraju),
ocorrida ontem, 24.
O político
publicou que é a favor da “flexibilização legal do comércio”, em consonância
com o governo paulista e o Ministério Público.
“Como vice-prefeito
e delegado de polícia, concluo que esta decisão do prefeito é arbitrária e
estritamente oportunismo político, caracterizando abuso de poder e
consequentemente ato criminoso”, finaliza.
A reportagem não
conseguiu contato com a assessoria de imprensa da prefeitura para ouvir o lado
da administração sobre as acusações de Amorim.