Empresa informa que vazão do rio foi reduzida em mais de 40%
DIEGO DOS
REIS
A assessoria de imprensa da Enel Green Power (EGP) enviou uma nota de esclarecimento ao Expresso Piraju a respeito da morte de peixes a jusante da Usina Hidrelétrica Paranapanema.
FOTO: Arquivo pessoal |
O caso foi divulgado ontem, 13, após a reportagem ter aceso a um vídeo publicado nas redes sociais. As imagens mostram uma grande quantidade de peixes mortos nas pedras que passaram a ficar visíveis por conta do baixo nível do Rio Paranapanema.
Na nota (veja abaixo), a empresa informa que o caso não tem relação com as obras que estão sendo feitas no local para aumentar o vertedouro da usina.
A EGP diz que, na noite da última sexta-feira, 12, recebeu a notícia de que a companhia responsável pela usina existente a montante do rio reduziu a vazão do rio em 43%. De imediato, a empresa desativou uma das turbinas da usina, sem prejuízo ao “limite obrigatório da vazão”.
Por fim, a EGP cita que, mesmo não sendo de sua atribuição monitorar ou resgatar os peixes, irá relatar o caso aos órgãos ambientes e, se necessário, dará apoio no resgate das espécies que estão sendo prejudicadas pela situação.
Conforme divulgado pelo Expresso Piraju, o caso está sendo acompanhado de perto pela ONG Teyquê-Pê. Ontem, a Associação Protetora dos Animais de Piraju (APRAPI) enviou denúncia à Polícia Ambiental de Avaré com base no conteúdo do vídeo.
NOTA DA EMPRESA
“A Enel Green Power Brasil (EGP) informa que a morte de peixes no Rio Paranapanema não tem qualquer relação com as obras de ampliação do vertedouro ou com as atividades da usina hidrelétrica da companhia (UHE). Na noite de sexta-feira (12) o Centro de Operações da UHE Paranapanema da EGP foi informado da manobra executada pela usina a montante (acima no Rio), operada por outra companhia, que reduziu o volume de água do rio em 43%. Cabe esclarecer que a usina hidrelétrica da EGP é totalmente dependente da vazão das usinas localizadas antes, no curso do mesmo rio. Assim que foi informada sobre a redução da vazão, a Enel Green Power imediatamente suspendeu a atividade de uma de suas turbinas, mantendo o limite obrigatório da vazão. Apesar de a licença de operação da usina da companhia não exigir o monitoramento ou resgate dos peixes no local mencionado, a EGP informará a situação aos órgãos ambientais competentes e se colocou à disposição das autoridades para apoiar na ação de resgate dos peixes.”
2 comentários:
Sinto muito, mas essa conversa vai longe, cada concessionária vai jogar a culta na outra até chegar lá na Jurumirim, todos, sem exceção, devem ser responsabilizados nos rigores da lei ambiental, mas temos que persistir para que isso não aconteça novamente!
Não é a LO que cuida da sobrevivência dos peixes e sim a Lei Ambiental. PIraju tem um Surubim endêmico de alguns milhões de anos, que só se procriava nas corredeiras. E a lei ambiental diz que onde há peixe e índio, não tem usina...Quem autorizou a obra, senhor prefeito??????
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