De acordo com o semanário,
empresa deve estabelecer uma nova negociação com a sociedade
29/07/12 – 13h40
Em maio, moradores contrários ao projeto da PCH lotaram a Câmara Municipal para protestar (FOTO: José Carlos Garcia) |
O jornal Folha de
Piraju publicou em sua última edição mais uma matéria relacionada ao
projeto da ECBrasil, empresa sulista que ainda intenciona construir uma Pequena
Central Hidrelétrica (PCH) no último trecho de corredeira natural do Rio
Paranapanema.
De acordo com o semanário, a empresa conseguiu autorização
junto à ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) para dar prosseguimento ao
projeto da PCH Piraju II. A decisão anula os efeitos do despacho que havia
inativado o registro do projeto. Segundo o jornal, “a revogação anterior havia
sido um ‘equívoco’ por conta da greve da ANEEL”.
A decisão, que já foi publicada no Diário Oficial da União,
deve motivar a empresa a requerer, junto à CETESB (Companhia Ambiental do
Estado de São Paulo), um novo licenciamento ambiental. Além disso, o jornal
afirma que a ECBrasil “deve continuar as negociações com a população”.
A troco da suspensão das leis que proíbem a construção de
usinas em Piraju, a empresa está oferecendo um amplo complexo esportivo às
margens do Paranapanema. A contrapartida está orçada em aproximadamente R$ 15
milhões.
TENTATIVA
No final do mês de maio, centenas de moradores (foto) compareceram na Câmara Municipal
para protestar contra o projeto que objetivava abrir caminho para a realização
do empreendimento.
De iniciativa do presidente da Casa, José Carlos Brandini
(PSD), a matéria foi retirada da pauta após os vereadores entenderem que a
apresentação de propostas dessa natureza cabe única e exclusivamente ao
Executivo.
SEM CONSENSO
O assunto divide opiniões. Defensores do Paranapanema e
‘barrageiros’ (termo usado para definir os favoráveis à usina) possuem
argumentos bastante definidos para convencer a população a aceitar um
posicionamento em detrimento do outro.
Enquanto uma corrente alega que o desenvolvimento deve estar
em sintonia com a preservação ambiental, outra diz que o empreendimento abrirá
novos postos de trabalho. Há também quem pense que a contrapartida da empresa
fará com que o município se transforme em destino das principais competições de
canoagem slalom.